E pôxa vida, é só o que temos: expectativa para que o dia seja bom, que a comida seja gostosa, que arrume um emprego (bommm) logo, que o marido/namorado perceba que mudamos a estante de lugar e que pintamos nossa unha de um tom um tantinho mais clarinho hoje, que o filme que eu vou assistir seja muito bom, que o pedreiro/eletricista/gesseiro tenha entendido direitinho tudo o que eu expliquei, expectativas que certa pessoa reconheça o sacríficio que estamos fazendo por ela, enfim cada um tem a
E nem sempre o que queremos acontece, então ficamos tristes, extremamente tristes, nos sentimos traídos e desamparados pelo destino que fez piada com a gente, nos dando algo que não pedimos e nem estávamos preparados para receber.
Essa bendita expectativa nos faz ficar cegas quanto às oportunidades que nos cercam, simplesmente porque fixamos nossa vontade em algo e pronto, acabou a paz de espírito. E para piorar fazemos isso com o perfeccionismo sendo o protagonista, por que não sabemos sonhar sendo simples, não senhora, sonhamos com estilo e quando caímos do cavalo, ficamos... deprimidas.
Eu senti isso a meses atrás, e não foi uma ou duas vezes que vi minhas expectativas frustadas, foi uma sequência dolorosa, uma trás da outra, a ponto de fazer com que eu perdesse a confiança em mim e na minha habilidade de conduzir a vida. Mas o tempo é o melhor dos remédios, porque também é tipico do ser humano esquecer, e também habituada como estou
Mas é claro, tudo tem seu preço, e nesse caso não sou eu que pago. Quando decido por mim, abro mão total da situação: não quero mais, não penso nela e não me importo com ela, então me sinto leve, liberta.
E isso serve para qualquer situação, desde a mais insignificante até a mais delicada.
Essas últimas semanas estão, enfim, me deixando mais tranquila depois de tanto tumulto e por eu segurar as rédeas da expectativa e de fazer o esforço hercúleo de manter a organização doméstica e pessoal tão difícil de serem seguidas entrarem na linha à força.
Não me incomodo tanto se as coisas não saem como eu quero, simplesmente paro, analiso o que a vida me trouxe, vejo se pego ou se ignoro, se dou uma choradinha para aliviar
A sensação é de leveza e vontade de gargalhar de alegria, pode isso? Mas é assim. Então, estou aprendendo a gostar do que tenho e não do que posso ter. É isso. Se não posso mudar, me adapto e faço o melhor que posso.
É esse patamar de evolução que temos que alcançar, devagar, mas com firmeza. E rédeas firmes na expectativa.
Isso mesmo Ridjo, não vale insistir na mesma tecla, é preciso mudar o tom de vez em quando. beijos, Ro
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Rô, linda, mas me diz se não tem que desapegar de muita coisa para conseguir isso?
ExcluirBeijoquinha.